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O moço da moto!

Quem é ele? Me perguntei , quem é esse moço, que passa de moto e me fita com o olhar? Quem é ele, que passa pela mesma rua que eu, em sentido contrario? Sempre o mesmo horário, sempre a mesma camiseta, seu uniforme eu imagino...
Me diga, quem é você?
Meses e meses apenas me filmando, me possuindo apenas com um olhar, me cuidando em um segundo e me deixando no outro... deixando assim, meio que como um ponto de interrogação...
É interessante... eu sinto falta quando não vou a aula e me pergunto se você me procura entre estas ruas e outras...
Com o tempo você passou a me dar um “OI” e eu um “SORRISO”... As aulas estão acabando, e você não me verá mais, se esquecerá de mim, e você não passara de mais um  desconhecido que cruzou meu caminho, que fez o vento balançar  meu cabelo e não deixou nome nem endereço...
Eu poderia muito bem, fazer o trabalho do destino, não é mesmo? Que tal se eu me jogar na frente de sua moto, você seria obrigado a parar e prestar socorro, socorrer meu pobre coração que sofre de abandono...
Mais não, decidi a muito tempo atrás não mais fazer o trabalho dos outros, ainda mais de um destino preguiçoso...O jeito é esperar o despertador atrasado dele despertar... Até lá enquanto puder nós continuaremos a trocar um “OI” e um “SORISSO”....

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Não quero reescrever As nossas linhas Que se não fossem tortas Não teriam se encontrado Não quero redescobrir A minha verdade Se ela me parece tão mais minha Quando é nossa Não me deixe preencher com vazios O espaço que é só teu Não se encante em outro canto Se aqui comigo você já fez morada  Como cortar pela raiz se já deu flor? Como inventar um adeus se já é amor? 
É, já faz um tempo. Eu queria te dizer que não se passou um dia sequer em que eu não tenha pensado em você, principalmente de noitinha, quando eu pegava o ônibus de volta pra casa, encostava a cabeça na janela exausta e ficava contemplando as estrelas correndo no céu. Era correria, as semanas se arrastavam e minha cabeça estava atormentada com tantas teorias comportamentais e psicanalíticas. Mas como já era previsto, tudo passou rápido demais até e eu finalmente consegui respirar aliviada, mas não voltei. Eu sei. Talvez tenha me acostumado com a ausência, essa que me fez companhia desde sempre, por muito tempo. Mas a questão é que sinto sua falta. Eu sempre senti, mesmo quando eu nem sabia que era de você que eu precisava, mesmo quando você ainda não tinha nome, nem forma, sorriso e coração aqui dentro de mim. E foi por isso que eu fugi. Mas fui relutando até o final, fui dormir todas as noites pensando em te ligar, acordei todas as manhas com o coração pequenininho de saudade e med...